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SEXTA-FEIRA, 9 de setembro de 2016 (HealthDay News) -- Os testes de triagem para câncer de ovário não são confiáveis e não devem ser usados, alerta a Food and Drug Administration dos EUA.
“Apesar de extensas pesquisas e estudos publicados, atualmente não há testes de triagem para câncer de ovário que sejam sensíveis o suficiente para rastrear de forma confiável o câncer de ovário sem um grande número de resultados imprecisos”, disse a agência em seu alerta.
“No entanto, ao longo dos anos, várias empresas comercializaram testes que alegam rastrear e detectar câncer de ovário”, acrescentou o FDA.
Mas esses testes podem levar a atrasos em tratamentos preventivos eficazes para mulheres de alto risco que não apresentam sintomas ou resultar em exames médicos e/ou cirurgias desnecessários para aquelas que não têm a doença, observou a agência.
De acordo com a American Cancer Society, o teste de triagem mais comum é chamado de exame de sangue CA-125. Em muitas mulheres com câncer de ovário, os níveis dessa proteína são altos. Mas o problema de usá-lo é que outras condições comuns além do câncer também podem causar altos níveis de CA-125, diz a sociedade do câncer.
É por isso que as mulheres não devem confiar nos testes de rastreamento do câncer de ovário para tomar decisões de saúde ou tratamento, disse o FDA em seu alerta. Isso é especialmente importante para mulheres que têm histórico familiar de câncer de ovário ou mutações genéticas BRCA1 ou BRCA2, que aumentam o risco de câncer de mama e de ovário, acrescentou a agência.
Os médicos não devem recomendar ou usar testes de rastreamento de câncer de ovário na população em geral, e eles precisam entender que não substituem medidas preventivas que podem reduzir as chances de doença em pacientes de alto risco, disse o FDA.
O alerta foi emitido após uma revisão das evidências disponíveis de ensaios clínicos e recomendações de grupos de saúde e da Força-Tarefa de Serviços Preventivos dos EUA.
O Colégio Americano de Obstetras e Ginecologistas (ACOG) disse na quinta-feira que apoia o aviso da FDA.
"Os ginecologistas-obstetras devem estar cientes de que os testes atualmente comercializados para detectar câncer de ovário em mulheres não são baseados em dados", disse o Dr. Thomas Gellhaus, presidente do ACOG, em um comunicado. "O ACOG está de acordo com a FDA e não recomenda o uso desses testes oferecidos para rastrear o câncer de ovário", acrescentou.
"Atualmente, parece que a melhor maneira de detectar o câncer de ovário é tanto a paciente quanto o médico terem um alto índice de suspeita do diagnóstico em mulheres sintomáticas", observou Gellhaus.
“Sintomas persistentes e progressivos, como aumento do inchaço, dor pélvica ou abdominal, dificuldade para comer ou sentir-se cheio rapidamente, devem ser avaliados”, disse ele.
O câncer de ovário é a quinta principal causa de morte por câncer em mulheres. Em 2013, quase 21.000 mulheres nos Estados Unidos foram diagnosticadas com câncer de ovário e mais de 14.000 mulheres morreram da doença, segundo o ACOG.
-- Robert Preidt
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