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SEGUNDA-FEIRA, 22 de outubro (HealthDay News) -- O uso regular de maconha natural ou sintética pode levar a fortes náuseas, vômitos e dor abdominal, de acordo com dois conjuntos de novos estudos de caso.
Essa condição pouco conhecida, chamada hiperêmese canabinoide, é um fardo sério para o sistema de saúde porque os médicos costumam usar testes diagnósticos caros e tratamentos ineficazes em um esforço para identificar a causa dos sintomas do paciente e tratá-los, disseram os pesquisadores.
Um sinal revelador que ajuda a identificar esses pacientes:banhos quentes compulsivos proporcionam alívio temporário dos sintomas.
Os estudos de caso foram programados para apresentação na segunda-feira em uma reunião do American College of Gastroenterology em Las Vegas.
“A maioria dos profissionais de saúde desconhece a ligação entre o uso de maconha e esses episódios de náuseas e vômitos cíclicos, então eles não estão perguntando sobre o uso de canabinóides naturais ou sintéticos quando um paciente chega ao pronto-socorro ou ao consultório médico com esses sintomas”. Dra. Ana Maria Crissien-Martinez, do Scripps Green Hospital and Clinic em San Diego, em um comunicado de imprensa do American College of Gastroenterology.
A hiperêmese canabinoide foi descrita pela primeira vez em 2004 em uma série de casos de nove pacientes na Austrália. Desde então, 14 relatos de casos e quatro séries de casos sobre a condição foram publicados.
"Pacientes que usam cannabis - seja natural ou em uma forma sintética chamada 'Spice' - também não percebem que seus episódios inexplicáveis de náuseas e vômitos cíclicos podem ser resultado desse uso, com alguns aumentando seu uso de cannabis porque podem acho que isso ajudará a aliviar seus sintomas - e na verdade os torna piores", disse Crissien-Martinez. "A única resolução é a cessação da cannabis."
Crissien-Martinez foi coautor de um relato de caso descrevendo nove pacientes com hiperêmese canabinoide tratados no Scripps Green Hospital. A idade média dos pacientes era de 30 anos e 88% deles usavam maconha diariamente. Em 80% dos pacientes, seus sintomas desapareceram quando pararam de usar maconha.
Crissien-Martinez e seus colegas também analisaram o custo da hiperêmese canabinoide.
"Estimamos que US$ 10.000 seja o custo mínimo de uma internação - mas, em média, nossos pacientes precisaram de internação no hospital 2,8 vezes, um total de quase US$ 30.000 para exames", disse ela.
Esse preço não inclui os custos adicionais de consultas médicas de atenção primária e/ou gastroenterologista (2,5 em média) e consultas de emergência (seis em média).
O outro estudo de caso pode ser o primeiro caso relatado de hiperêmese canabinoide causada por maconha sintética. Envolveu um homem de 22 anos com história de 10 meses de sintomas. Ele está assintomático desde que parou de usar maconha sintética.
Como este estudo foi apresentado em uma reunião médica, os dados e as conclusões devem ser vistos como preliminares até serem publicados em um periódico revisado por pares.
-- Robert Preidt
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